quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

MACARTHISMO

Com o clima de medo provocado pela Guerra Fria, acusações contra os supostos inimigos do sistema democrático multiplicaram-se nos Estados Unidos. Em 1945, foi criado no Congresso Norte-americano o COMITÊ DE ATIVIDADES ANTIAMERICANAS, coordenada pelo senador republicano Joseph McCarthy.
A partir de 1947, o órgão passou a investigar a vida pessoal de intelectuais, artistas, líderes sindicais e até mesmo de funcionários do governo, suspeitos de realizar atividades “subversivas”, promovendo audiências públicas, nas quais essas pessoas eram obrigadas a depor. Entre alguns dos acusados estavam algumas figuras conhecidas, como cineastas Charles Chaplin e Fred Zinemann, o físico Robert Oppenheimer, um dos pais da bomba atômica, e outros.
Foi a época das “listas negras”, das delações e dos rumorosos processos, como o que redundou na execução do casal Julios e Ethel Rosemberg, acusados de revelarem segredos da bomba atômica para a URSS.

As atividades do COMITÊ prosseguiram até que a onda de escândalos atingiu figuras de destaque do exército. Finalmente, em dezembro de 1954, o senado censurou publicamente Joseph McCarthy, que, desmoralizado, teve de encerrar sua carreira política.

Declaração de Jean-Paul Sartre sobre a execução do casal Rosemberg:

” Vocês americanos são coletivamente responsáveis por esse assassinato. Alguns por o terem patrocinado, e o restante, por tê-lo consentido. Vocês permitiram que os Estados Unidos se tornassem berço de um novo fascismo.”

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